O plenário do Senado começa, na tarde desta terça-feira, 8, a discutir a indicação do senador Gim Argello (PTB-DF) para ocupar o cargo de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Alvo de queixas dos servidores do TCU e de alguns parlamentares, a indicação do petebista foi feita pelos líderes partidários para ocupar a cadeira aberta com a aposentadoria do ministro Valmir Campelo, publicada nesta segunda, 7, no Diário Oficial.

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Gim é alvo de inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF). A crítica é que uma dos pré-requisitos para uma pessoa ocupar uma cadeira no TCU é ter a reputação ilibada.

Numa manobra patrocinada com o apoio do governo Dilma Rousseff, os governistas querem aprovar no momento um requerimento de urgência para que a indicação seja votada apenas no plenário, dispensando a ida do pedido para a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Contudo, senadores de vários partidos de oposição e independentes questionam a rapidez da análise da indicação, que ainda terá de passar pela votação da Câmara dos Deputados. O presidente do DEM, senador Agripino Maia (RN), disse que a cautela recomendaria que a indicação de Gim passasse pela CAE para não ocorrer o chamado “efeito Luiz Otávio”. Em 2006, o então senador Luiz Otávio (PMDB-PA) teve seu nome rejeitado pelos deputados, após apreciação pelo Senado.

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Na época, entre outras acusações, Luiz Otávio foi envolvido numa denúncia de desvio de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em favor de uma empresa para construir balsas. Ele era diretor da empresa.

Aliado de Gim, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), colocou o requerimento de urgência em votação.

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