O plenário do Senado aprovou, hoje, a indicação da deputada Ana Arraes (PSB-PE) para assumir a vaga de ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). Os senadores ratificaram a decisão da Câmara dos Deputados com 48 votos favoráveis, 17 contrários à indicação e uma abstenção. O resultado reafirma a força política do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, que liderou uma campanha ostensiva para eleger a mãe para a vaga deixada pelo ex-deputado Ubiratan Aguiar, que se aposentou em julho.

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Além do voto contrário declarado do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) – ex-governador e adversário político de Eduardo Campos -, Ana Arraes perdeu votos com a divisão da bancada peemedebista. Embora o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), tenha orientado a bancada a votar favoravelmente na socialista, ela perdeu votos de peemedebistas solidários ao deputado Átila Lins (PMDB-AM), derrotado por ela na Câmara. O senador e ex-governador Eduardo Braga (PMDB-AM) era um dos principais articuladores da campanha de Lins ao TCU.

Depois que Jarbas Vasconcelos inaugurou os discursos proclamando o voto contrário em sua conterrânea, senadores do PSB, PT e PTB revezaram-se na tribuna para enaltecer a candidata. O líder do PT, Humberto Costa, aliado político de Eduardo Campos, afirmou que Ana Arraes “não é simplesmente a mãe de um governador ou a filha de um ex-governador (Miguel Arraes)”. Segundo ele, trata-se de uma “pessoa que tem uma militância política séria, que tem um comportamento e uma postura ética inquestionável ao longo de sua vida”. O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) defendeu que o voto em Ana Arraes significava o “voto da justiça, o voto do reconhecimento”.

A candidata não compareceu ao plenário, mas desde o início da tarde trocava telefonemas com as principais lideranças da Casa para garantir o resultado favorável.

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