Após ouvir uma série de questões de ordem, o presidente em exercício do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu aceitar o pedido para que o Senado avalie a possibilidade de fazer uma eleição com voto aberto para a Presidência da Casa. Ele abriu o painel para votação e gerou revolta em parte dos senadores por se recusar a responder se será ou não candidato ao pleito.
A atitude levou senadores do PT, MDB, PSD e PP a criticarem a postura de Davi. Mesmo sendo a favor do voto aberto, o líder do PSD no Senado, Otto Alencar (BA), cobrou a saída do democrata da Presidência. “Candidato não pode presidir sessão”, criticou o senador Humberto Costa (PT-PE).
Apesar da polêmica, o painel segue aberto e, em meio às perguntas, Davi tem dito que a Mesa ainda vai anunciar quem serão os candidatos. Para pressionar Davi, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) anunciou que Renan Calheiros foi formalizado como candidato e vai disputar o cargo.
Pelo lado do DEM, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) argumentou que, em 2007, Renan também presidiu as questões preparatórias mesmo sendo candidato. O senador alagoano rebateu: “ele está querendo comparar alho com bugalho. Em nenhum lugar do mundo, jamais haverá voto aberto na eleição de presidente do Senado, do Supremo Tribunal Federal, da Câmara dos Deputados, do Corinthians”, ironizou ao citar o clube paulista.