| Everson Bressan |
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| Requião com Rosseto: proposta de continua após a publicidade |
O governador em exercício e secretário da Agricultura, Orlando Pessuti, disse ontem que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rosseto, volta ao Paraná na próxima semana para visitar os municípios atingidos pela seca nas regiões Oeste e Sudoeste. Inicialmente, o roteiro seria feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que, entretanto, enviou Rosseto para tratar do assunto no Paraná.
O ministro se reuniu anteontem à noite com o governador Roberto Requião, que embarcou ontem para uma viagem de dez dias à China. Pessuti disse que o governo ainda está analisando se participa do fundo de apoio aos agricultores atingidos pela seca, que conforme o Ministério do Desenvolvimento Agrário, já conta com o aval dos governos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, mas já acertou com Rosseto um trabalho conjunto para minimizar os prejuízos sofridos pelos agricultores. De acordo com o governo do Estado, já são quarenta os municípios prejudicados com a falta de chuva.
O governador em exercício disse que o ministro colocou como exigência fundamental a existência de laudos individuais das propriedades para que os agricultores possam ter suas perdas compensadas, no caso daqueles que estão cadastrados nos programas de financiamentos do governo federal. ?O ministro não abre mão dos laudos individuais. Ele não aceita laudos coletivos. Ele nos pediu que façamos um esforço concentrado para aprontar rapidamente estes laudos?, comentou.
O vice-governador em exercício afirmou que, por enquanto, o governo vai entrar na parceria com ações emergenciais de recuperação de açudes, perfuração de poços e distribuição de sementes. Quanto ao fundo mútuo, o vice-governador disse que o ministro nem chegou a esmiuçar a proposta. ?O encontro foi para falar desta primeira etapa de ações. Nós vamos fazer os levantamentos, ver quem foi prejudicado realmente e encaminhar ao Proagro, um seguro agrícola do governo federal.
Socorro
Antes de viajar, Requião disse que, por enquanto, o governo federal entra com os recursos e o estado com a ajuda técnica. O ministro disse que a comprovação do estado de emergência será importante para que as dívidas sejam perdoadas ou tenham seu prazo de quitação prorrogado. Conforme as declarações do ministro divulgadas pelo Palácio Iguaçu, o agricultor poderá pagar em um prazo de dois anos, metade em 2006 e a outra metade em 2007.
Conforme o governo do Estado, Rosseto prometeu liberar antecipadamente os recursos do Pronaf para a safra de inverno, totalizando R$ 800 milhões, para estimular a produção imediata. ?Este recurso será liberado só para as famílias atingidas na região Sul. Pretendemos fazer isto com a maior agilidade possível, para que eles já possam estar trabalhando?, disse.
O ministro disse ao governador que as famílias que não têm nenhum vínculo com programas do governo, como o Pronaf e o Seguro da Agricultura Familiar, mas tiveram prejuízos, também receberão auxílio. ?Estudaremos assegurar alguma renda para eles, mas precisamos que os sindicatos, as prefeituras e associações façam um levantamento até semana que vem de quais famílias realmente precisam de um apoio?, concluiu o ministro.