O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), alertou nesta terça-feira, 29, que neste momento de crise não se pode ter foco apenas em “cortar, cortar e cortar”. Na sua avaliação, é preciso pensar também no crescimento, caso contrário, morre-se na praia. “É preciso ter foco no crescimento e no desenvolvimento”, afirmou, ao participar da divulgação do ranking Empresas Mais, elaborado pelo jornal O Estado de S.Paulo, ao lado de empresários e do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

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Num breve discurso, o governador de São Paulo disse que o País precisa de empreendedores e de responsabilidade fiscal, citando a reforma realizada por sua administração na área previdenciária do funcionalismo estadual. “A realidade não é fácil na área previdenciária.” E criticou o fato de o Congresso Nacional ter aprovado no ano passado, com sanção da presidente Dilma Rousseff, projeto que concede aposentadoria aos 25 anos de serviço às policiais civis. “Hoje a expectativa de vida das mulheres no Estado de São Paulo chega a 80 anos”, lembrou, criticando o que classificou de “corporativismo”.

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, vem defendendo a realização de uma reforma previdenciária, especialmente se o governo não conseguir aprovar no Congresso a volta da CPMF, principal medida para garantir receitas aos cofres da União e reequilibrar as contas públicas. No evento, Levy disse que o governo já está discutindo mudanças estruturais em um fórum de trabalho. “O governo está criando consenso, porque é um tema pesado, grande”, afirmou.

Queda

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Alckmin falou também que a crise deve reduzir a arrecadação do Estado de São Paulo neste mês em R$ 700 milhões. “E, em outubro, a maioria das prefeituras não terá dinheiro para pagar o salário de seu funcionalismo”, disse. Ele destacou que a prefeitura de uma das maiores cidades do Estado, São José dos Campos, vai ter que funcionar só uma parte do período, em razão do cenário econômico. A cidade é administrada pelo petista Carlinhos Almeida.

O governador tucano avalia que o Estado vem fazendo a lição de casa. “Já fechamos secretarias, estatais, quatro fundações, reduzimos a frota”, exemplificou. “Fizemos todo o esforço de natureza fiscal.” Ele sugeriu que o governo federal também siga o mesmo caminho, colocando em execução as reformas prioritárias para o País, como a previdenciária, a política, a trabalhista, a administrativa e a tributária.

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