Seis pequenos enfrentam Berzoini na eleição do PT

Todos contra um. Esse parece ser o cenário das eleições para o diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), marcado para os dias 2 e 11 de dezembro.  

São seis candidatos à presidência e oito chapas querendo derrotar o grupo que atualmente comanda a legenda, através da chapa Construindo um Novo Brasil, e o presidente Ricardo Berzoini, candidato à reeleição. Os sete candidatos participaram de um debate, na noite de ontem, em Curitiba.

Em entrevista concedida horas antes do debate, alguns dos candidatos explicaram sua posição. ?O objetivo principal é derrotar o Berzoini. Nada contra a pessoa, mas ele traz na testa a expressão ?campo majoritário? e, se o objetivo do partido é mudança e recuperação de valores, não se pode manter o mesmo grupo à frente?, disse, Valter Pomar, candidato pela chapa ?Esperança Vermelha?, que afirmou que, se não for para o segundo turno, votará em qualquer um dos outros candidatos à exceção de Berzoini. Pomar diz ter dois grandes objetivos à frente do PT: ?Virar a página da crise e de suas conseqüências e preparar a vitória petista nas eleições de 2010, com candidatura própria?.

?Além de todas as divergências de política e de métodos, penso, ainda, que a não-reeleição de Berzoini terá um grande efeito simbólico perante a opinião pública. Mostraremos à sociedade que o PT aprendeu com a crise e está promovendo mudanças?, revelou Gilney Vianna, presidenciável vinculado à chapa da ?Militância Socialista?. Para ele, é hora do partido rever suas posições e, principalmente, suas alianças. ?Precisamos fazer o governo Lula caminhar para a esquerda. Foi o PT que venceu as eleições, é sua política que tem de ser aplicada. Não podemos ficar submissos às exigências dos outros partidos, mesmo que da coalizão?, declarou.

Candidato pela Chapa Mensagem do Partido, José Eduardo Cardoso disse que a reeleição de Berzoini significa a manutenção do modelo atual, ?em que um pequeno grupo toma todas as decisões do partido, ferindo o ideal democrático que é o diferencial do PT. Só pode votar nele quem está contente com isso?. Além da democracia interna, outra bandeira defendida pelo candidato é a recuperação do patrimônio ético. ?Quem sempre cobrou ética de seus adversários tem de ser o exemplo. Não podemos admitir desvios éticos dentro do partido?, destacou.

O atual presidente do PT e candidato à reeleição, Ricardo Berzoini, chegou atrasado em Curitiba, devido a problemas com o vôo, e acabou cancelando a entrevista coletiva que concederia ontem. Markus Sokol, Jilmar Tatto, José Carlos Miranda são os outros candidatos à presidência do partido.

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