Seis deputados querem a Prefeitura de Londrina

Seis deputados, quatro federais e dois estaduais, estão se organizando para entrar na disputa pelo voto dos 335 mil 807 eleitores de Londrina, que decidem com quem vai ficar a cadeira do prefeito Nedson Micheletti (PT), a partir do próximo ano, nas eleições de outubro.

Estão na lista dos pré-candidatos os deputados federais André Vargas (PT), Luiz Carlos Hauly (PSDB, Barbosa Neto (PDT) e Alex Canziani (PTB) e os estaduais Antonio Belinati (PP) e Luiz Eduardo Cheida (PMDB). No grupo, o único estreante na disputa majoritária é Vargas. Os demais já foram prefeitos ou concorreram ao cargo em eleições anteriores.

Agência Câmara
Hauly: o teimoso.

O veterano é Belinati, que foi três vezes prefeito: 1976 a 1982, 1988 a 1992 e de 1996 a 2000. O terceiro mandato foi interrompido em junho de 2000. Acusado de irregularidades em suas sucessivas administrações, Belinati foi cassado. Em 2004, voltou e disputou novamente a eleição.

O PMDB também está apostando na experiência de Cheida para concorrer em Londrina. O deputado peemedebista administrou Londrina entre 1992 e 1996, eleito pelo PT, e concorreu novamente em 2000, então no PMDB. ?Em Londrina, é sempre assim. A eleição é disputada por nomes conhecidos do eleitor?, comentou o ex-prefeito, que ainda espera o partido formalizar a indicação para concorrer à eleição.

Arquivo
Cheida: pelo PMDB.

O deputado Luiz Carlos Hauly é outro que conhece bem o terreno. ?Sou teimoso?, disse Hauly, que já concorreu três vezes à prefeitura e está quase pronto para entrar na disputa uma quarta vez. Hauly lembra que, desde a gestão de Wilson Moreira, entre 1982 e 1988, os tucanos não conseguiram voltar à prefeitura de Londrina. ?Já ganhamos eleição até para presidente da República, mas não em Londrina. Desta vez, acho que temos grandes possibilidades. O fato de os adversários serem maioria de deputados é normal. Nunca tive eleição fácil na vida e estou no aquecimento?, comentou.

Foto: Chuniti Kawamura

Canziani: ex-vice.

Entre tantos experimentados adversários, o deputado André Vargas se considera uma novidade na disputa. ?O PT está na segunda administração consecutiva e assim mesmo é o único que traz a novidade da eleição. Eu nunca fui prefeito e nem mesmo disputei, ao contrário de todos os outros?, comentou o deputado petista.

Ele observou que a eleição em Londrina tem ainda a peculiaridade de reproduzir no plano local o embate estadual. ?É uma das cidades onde fica mais em evidência essa divisão das forças e é também onde o PT se consolida como uma delas?, frisou.

Trampolim

Foto: Fábio Alexandre

Belinati: ex-cassado.

A condição de segundo maior colégio eleitoral do Estado faz de Londrina um bom trampolim para a carreira e, desta forma, atrai as principais lideranças, justifica Belinati. ?Historicamente, quem disputa uma eleição em Londrina, mesmo que não tenha chances de ganhar, já sai com um boa base para uma eleição a deputado ou quase eleito?, disse.

Outra explicação de Belinati para tanto interesse na cadeira de Micheletti é que as atenções estaduais costumam se voltar para Londrina. ?A eleição em Londrina também é trampolim para o governo. A cidade é um centro de propagação política?, disse Belinati, que mesmo afastado do poder, manteve o contato com o eleitor por meio de um programa de rádio diário.

Foto: Aliocha Maurício
Barbosa: mais votado.

Deputado mais votado em Londrina na eleição de 2006 para a Câmara dos Deputados, Barbosa Neto disputou a prefeitura em 2000 e 2004. E é o nome que o PDT pretende lançar este ano. ?Para o eleitor é bom ter este leque de candidatos que todos já conhecem como atuam e quais são suas posições. Isto ajuda a qualificar o debate na campanha?, afirmou o pedetista, que foi eleito deputado estadual dois anos depois de ser candidato a prefeito em 2002 e exerce o seu primeiro mandato em Brasília.

Vice-prefeito de Belinati, na terceira gestão, o deputado federal Alex Canziani foi cabeça de chapa do PTB na eleição de 2004. Este ano, vai novamente subir ao palanque adversário do ex-aliado. Canziani acha que o apelo da disputa majoritária está nas possibilidades de ação que o Executivo oferece. ?Quem gosta de realizar, fazer acontecer, tem que se candidatar a um cargo no Executivo?, comentou.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo