A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, já iniciou a apresentação do quinto balanço do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo relatório do governo, R$ 10,4 bilhões foram empenhados para as obras do programa, no período de janeiro a 23 de outubro deste ano, o que representa um porcentual 34% maior que no mesmo período de 2007. Neste ano, foi pago um valor total de R$ 8,2 bilhões.

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Das 2.198 ações monitoradas pela equipe da ministra Dilma, 83% estão em ritmo adequado e receberam o selo verde; 7% estão em situação que requer atenção, e receberam o selo amarelo; e 1% estão com o selo vermelho, de preocupante. Os 9% restantes referem-se às obras já concluídas.

Entre as obras que estão com situação preocupante estão a construção do terminal de passageiros do aeroporto de Vitória, a melhoria de pista e pátio do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, a construção da usina hidrelétrica de Pedra Branca, entre Pernambuco e Bahia, a construção do terminal de passageiros do aeroporto de Macapá.

Somente neste mês de outubro, o governo executou R$ 15,6 bilhões em pagamentos a empresas responsáveis por obras incluídas no PAC. Esse valor é 3,5 vezes maior que o registrado em outubro de 2007, segundo o relatório.

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Em uma tabela exibida pela ministra, em um telão instalado no Salão Leste do Palácio do Planalto, o governo informa que executou R$ 8,22 bilhões de março de 2007 a 23 de outubro deste ano e, no acumulado de 2008 até 23 de outubro, a dotação total para o PAC foi de R$ 17,9 bilhões.

Crise

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O relatório do quinto balanço das obras do PAC, divulgado esta manhã pela ministra-chefe da Casa Civil, destaca que o governo já trabalhava com a perspectiva de uma redução moderada no crescimento da economia brasileira em 2009 na comparação com este ano.

Ao tratar da crise financeira internacional, o documento destaca estimativas anteriores de que o crescimento do PIB no próximo ano será de 4,5%, 0,5 ponto percentual menor que a estimativa para 2008. Para 2010, o crescimento previsto do PIB é de 5%. Esses números são os mesmos apresentados em balanços anteriores.

Das 210 páginas do relatório, nove abordam a questão da crise internacional. O governo lista como impactos imediatos da crise sobre o Brasil as perdas patrimoniais no mercado acionário e de derivativos, a redução das expectativas sobre o PIB em 2009, a restrição da liquidez para empresas brasileiras, o encarecimento do crédito doméstico e o travamento do financiamento externo das exportações.

O documento ressalta que essa crise é a mais forte desde 1929. Mas, destaca, porém, que economias emergentes como a do Brasil serão menos atingidas que as avançadas por apresentarem um crescimento mais rápido, terem grande potencial de expansão do mercado interno e possuírem instituições financeiras com menor alavancagem e menos ativos podres.