Secretário da Indústria se demite

O secretário da Indústria, Comércio e Mercosul, Luiz Mussi, pediu demissão do cargo ao governador Roberto Requião (PMDB). Mussi disse que decidiu deixar o governo para cuidar dos seus negócios particulares – ele é dono do Canal 21 – e também para preparar a campanha da reeleição de Requião em 2006. A pedido do governador, Mussi fica no cargo até a próxima semana, quando Requião pretende indicar seu sucessor no cargo.

Mussi foi um dos coordenadores financeiros da campanha de Requião em 2002 e estava na função, desde o início do governo, em 2003. Mussi disse que sai do governo de forma pacífica e que desde o final do ano passado, havia avisado ao governador que iria deixar o cargo, mas Requião pediu que permanecesse mais um pouco.

A organização da campanha de reeleição de Requião começa já no próximo semestre, de acordo com o secretário. Ele afirmou que não poderia se ocupar deste projeto estando no governo. "Não seria ético e o governador também não concordaria", afirmou o secretário demissionário, que também alega precisar de mais tempo para expandir seus negócios. Ele pretende ampliar a área de alcance de seu canal de TV, que por enquanto, está restrito a Curitiba e Região Metropolitana.

Para alguns integrantes do primeiro escalão do governo, entretanto, a demissão do secretário foi apenas o desfecho dos sucessivos atritos que vinha tendo com o secretário da Comunicação Social, Airton Pisseti. Os desentendimentos entre os dois vinham se agravando e no ano passado chegaram a se tornar públicos. A saída de Mussi fortalece a posição de Pisseti no governo.

Mussi disse que o cargo será preenchido obedecendo à uma composição política. E poderá atender ao PTB, um dos aliados do governo no Estado. A sugestão de Mussi é o também empresário, dirigente do PTB, Flávio Martinez. Mas há especulações sobre outros nomes que poderiam ser convidados a assumir o cargo. Entre eles, o diretor da Copel, Gilberto Griebeler, e o empresário e ex-presidente da Associação Comercial do Paraná, Marcos Domakoski, que recebeu convite para se filiar ao PMDB. (Elizabete Castro) 

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