O secretário da Casa Civil e Relações Institucionais do governador Fernando Pimentel (PT), Marco Antonio de Rezende Teixeira, classificou como “desnecessária e incompreensível” a 9ª fase da Operação Acrônimo, deflagrada nesta sexta-feira, 23, que cumpriu mandado de busca e apreensão em seu apartamento no bairro Cruzeiro, Zona Sul de Belo Horizonte. O secretário, e também o presidente da Empresa de Processamento de Dados de Minas Gerais (Prodemge), Paulo Moura, tiveram emitidos também mandados de condução coercitiva para prestação de depoimento. Ambos, no entanto, estão viajando.

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A reportagem falou com Rezende, que está em Stanford, Califórnia, nos Estados Unidos, onde acompanha a filha, que começa no próximo mês um doutorado na universidade local. “(A operação é) desnecessária e incompreensível porque já prestei depoimento anterior com data agendada”, afirmou o secretário. Rezende não pretende antecipar a volta ao Brasil. “Retorno somente no final do mês”, disse. O secretário faz aniversário nesta sexta.

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O auxiliar de Fernando Pimentel, disse não ter tomado conhecimento de que a porta de um cômodo de sua residência foi aberta à força por um chaveiro a pedido da Polícia Federal. Os agentes ficaram por cerca de 4 horas no apartamento de Rezende e saíram com dois malotes lacrados. A porta de entrada da residência foi aberta pela empregada da família, acionada pela PF por volta das 7h.

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O outro integrante do governo de Fernando Pimentel com mandado de condução coercitiva emitido, Paulo Moura, viajou hoje pela manhã para o Rio de Janeiro, onde passaria o fim de semana. O advogado de Moura e Rezende, José Sad Júnior, disse que o presidente da Prodemge retorna ainda hoje a Belo Horizonte. O advogado afirmou que a operação da PF em um dia em que nenhum dos dois estavam na cidade, e no aniversário de Rezende, foi “uma infeliz coincidência”. Sad também classificou a operação como desnecessária. “A empresa MOP, que tinha os dois como sócios já foi extinta e seus documentos já foram apreendidos em outra fase da Acrônimo”. A MOP é uma das empresas com sócios ligados ao governador investigadas pela PF.

Os papéis, conforme o advogado, estavam em uma sala no prédio na Rua do Ouro, bairro Serra, também Região Sul da capital, onde funcionava o escritório utilizado pelo hoje governador de Minas em período anterior ao da eleição, pelo menos. Os documentos, ainda conforme Sad, estavam em outra sala que não a utilizada por Pimentel. A PF já esteve nesse prédio por duas vezes em outras fases da Acrônimo.