A Secretaria da Segurança Pública do Paraná negou ontem que os cursos de formação de mil e quatrocentos soldados da Polícia Militar tenham sido abreviados para que o grupo pudesse se formar antes do dia da eleição, no próximo domingo, 29. A denúncia foi feita pela campanha do senador Osmar Dias (PDT), candidato ao governo do estado. A secretaria informou que os soldados fizeram 760 horas/aula de treinamento, incluindo três semanas de estágio.

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Conforme a assessoria de Osmar, a solenidade de formatura foi antecipada para ontem em Curitiba, Ponta Grossa, Londrina, Cascavel, Toledo, Guarapuava e Telêmaco Borba, quando inicialmente estava prevista apenas para março do próximo ano. A campanha de Osmar acusa o comando geral da PM de ter alterado a data para beneficiar a candidatura à reeleição do governador licenciado Roberto Requião (PMDB).

A assessoria de Osmar relatou que os alunos iniciaram suas aulas em maio deste ano e que as 750 horas de treinamento correspondem a pouco mais da metade das 1.300 horas de aula previstas no edital de convocação do concurso público da PM. Conforme a denúncia, quatro meses de estágio monitorado no trabalho de rua foram abolidos.

Já a secretaria responde que houve mudanças no sistema de formação. ?O que aconteceu é que antes, equivocadamente, estes policiais eram enviados para as ruas e realizavam o trabalho de um policial formado, só que sem armas, sem o salário de um soldado e ainda sem as garantias como seguro de vida ou invalidez caso sofressem algum incidente?, explica a nota divulgada ontem pela Secretaria de Segurança.

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A nota diz que o atual governo mudou este procedimento para corrigir o que foi descrito como ?injustiça? para com o policial. Ainda de acordo com a Secretaria de Segurança, o policial militar está sendo instruído com base em um currículo moderno, que tem as etapas necessárias para a formação de um bom profissional.