Antes de viajar ontem para Córdoba, na Argentina, o governador Roberto Requião (PMDB) sinalizou que está quase pronto para escolher um titular para a Secretária de Segurança. Ele informou que está pensando em nomear um promotor público para o cargo, que vem acumulando desde que assumiu o governo, em 1.º de janeiro.
Assim que sancionar a lei que modificou vários pontos do Estatuto da Polícia Civil, o governador afirmou que irá designar um nome para a Secretaria. As especulações apontam para a possibilidade de um convite ao ouvidor-geral do Estado, Luiz Carlos Delazari, e o procurador do Ministério Público, Olympio de Sá Sotto Maior Netto, que já foi procurador-geral de Justiça.
A mensagem do governador alterando vários pontos do Estatuto foi aprovada em redação final pela Assembléia Legislativa na segunda-feira passada. E já foi remetida ao Palácio Iguaçu, segundo informou a 1.ª Secretaria da Assembléia Legislativa. Requião disse que ao tomar para si a responsabilidade sobre a área não pretendia ser um “Rambo” – personagem de Silvester Stallone conhecido pela violência das suas ações – mas sim oxigenar a polícia. “Nenhuma política de segurança é possível com uma polícia corrompida”, justificou.
Quando assumiu o governo, Requião disse que somente deixaria o comando da Segurança quando terminasse o que chamou de “limpeza” da polícia. ??Quando sancionar o projeto, posso por fim à minha intervenção”, afirmou Requião.
Lentidão
A principal alteração na composição do Conselho da Polícia Civil foi a indicação de dois representantes do Ministério Público. Esta medida e as demais mudanças no processo de apuração de denúncias contra policiais foram apontados por Requião como alicerces do processo de depuração da polícia. O governador afirmou que ” o processo é lento”.
Mas ressalvou que a lei aprovada pela Assembléia -que quase não mexeu na sua proposta original – é a oportunidade para fazer a “limpeza” da Polícia. O texto da mensagem sofreu apenas uma modificação pela Assembléia, que excluiu um artigo estabelecendo a redução pela metade do salário do policial que estiver respondendo à sindicância.