O governador de Pernambuco e presidenciável Eduardo Campos (PSB) disse no final da tarde deste domingo, ao abrir a 72ª Exposição Nordestina de Animais, no Recife, que os três duros anos seguidos de estiagem trouxeram a lição de que ainda é insuficiente a infraestrutura do semiárido nordestino, onde vivem cerca de 20 milhões de pessoas.
“Nós precisamos de infraestrutura e de todas as tecnologias que nos permitam conviver com pouca água”, afirmou ele, na abertura do evento, quando destacou, também, a necessidade da retomada, “em tempo rápido”, da ferrovia Transnordestina, que está paralisada e que considerou “obra estratégica para o Nordeste”. Depois, em entrevista, Campos disse que não vai abordar o tema da Transnordestina na visita da presidente Dilma Rousseff, nesta semana, ao Estado.
“Ela sabe desta nossa preocupação, que não é de hoje, ela sabe da importância dessa obra”, observou, ao lembrar que houve “percalços” para que se cumprisse o prazo da obra. “Agora não é (momento de) criar polêmica, é retomar a obra que é o que nos interessa e o que a gente puder fazer para ajudar, vamos ajudar”.
Ao chegar à exposição de animais, no bairro do Cordeiro, o governador passou cerca de uma hora para percorrer um máximo de cem metros. Assediado, tirou fotos com crianças no colo, apertou mãos, abraçou muita gente. “Ele é cabra homem”, comentou o artesão Ivaldo Jaime da Silva, 43 anos, depois de tirar uma foto ao seu lado. “Ele sempre esteve interessado no futuro do Brasil, vai ter meu voto”.
Cobras
Em um estande da secretaria estadual de Agricultura, Campos evitou uma área onde havia cobras expostas, ao lado de outros animais. Disse não se sentir à vontade com o bicho e comentou já estar “enfrentando muitas cobras”. Indagado sobre o comentário, ouvido por algumas pessoas que estavam muito próximas dele, desconversou.
Como maior autoridade presente à solenidade de abertura, coube ao governador hastear a bandeira do Brasil – uma simbologia do seu projeto político que foi amplamente registrada pelas câmeras dos fotógrafos.