Como as eleições sempre ocorrem no trimestre da estiagem do Amazonas, deverá ser grande a abstenção em alguns locais do Estado. Existem hoje pelo menos 8 mil ribeirinhos isolados em comunidades por conta da seca, segundo números da Defesa Civil Estadual.

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“Eu diria que mais do que as abstenções, o que marca mais são os valores para a logística de distribuição e remoção das urnas”, disse o diretor geral do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), Pedro Batista. “Infelizmente, por conta das distâncias amazônicas, a abstenção no norte é historicamente um pouco maior do que no resto do país, e isso é agravado pelas estiagens”, acrescentou. Das 900 seções, o Amazonas tem 342 seções que ficam em locais de difícil acesso.

Segundo Batista, a seca elevou em quase 50% o custo geral das eleições para organizar a logística de levar as urnas aos locais de votação. Em 2008, a vazante dos rios não bateu recordes e o contrato para a distribuição das urnas ficou em R$ 860 mil. Para este ano, em uma seca que promete ficar entre as quinze maiores dos últimos cem anos, foi de R$ 1,59 milhão. “Temos como evitar a abstenção, que deverá ocorrer por conta da impossibilidade de muitos eleitores em chegar aos locais de votação, mas todas as urnas já estão nos locais”, disse.

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