O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse nesta quarta-feira, 5, que é possível que a conclusão da apreciação da denúncia contra o presidente Michel Temer aconteça antes do recesso, mas que isso vai depender da dinâmica do processo. “Se for necessário avançar pelo recesso, que seja”, declarou.

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Pacheco disse que não se opõe à suspensão do recesso parlamentar. “Especialmente se chegarmos a um patamar do procedimento em que esteja quase pronto de ser definido, talvez valha a pena o sacrifício de uma semana do recesso”, complementou. Se a denúncia não for votada na CCJ antes do início do recesso, a partir de 18 de julho, Pacheco lembrou que o assunto ficará para agosto.

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O presidente da comissão se mostrou contra a realização de sessões noturnas ou durante a madrugada, como aconteceu na comissão especial que analisou a admissibilidade do impeachment da então presidente Dilma Rousseff na Câmara. “O que nós não gostaríamos é de avançar madrugada adentro. Votações de madrugada não são recomendáveis”, observou.

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Pelo rito acertado hoje entre os coordenadores de bancada, a leitura do parecer do relator Sérgio Zveiter será na segunda-feira, 10. Como deve haver pedido de vista, só na quarta-feira à tarde poderá haver sessão para o início da fase de debates na CCJ. A estimativa é que os parlamentares discursem por mais de 40 horas.

A defesa de Temer poderá se manifestar duas vezes: após a apresentação do voto do relator e no fim dos debates. O relator falará duas vezes: na apresentação de seu voto e após os debates. Pacheco anunciará nesta quinta-feira, 6, se vai deferir o requerimento da oposição para oitiva de testemunhas de acusação e convite para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, compareça à comissão.