Se eleito, Agnelo terá maioria na Câmara Distrital

A coligação que apoia a candidatura de Agnelo Queiroz (PT) ao governo do Distrito Federal (DF), formada por 11 partidos, conseguiu a maioria das vagas na Câmara Distrital, lugar que foi palco do maior escândalo de corrupção em Brasília, o “Mensalão do DEM”. Das 24 vagas, 13 foram conquistadas por candidatos da coligação do candidato petista, e uma 14ª vaga ficou com o PSL, partido que declarou apoio a Agnelo no segundo turno.

No entanto, pelas contas da campanha de Weslian Roriz (PSC), adversária de Agnelo no segundo turno, também é possível enxergar na Câmara Legislativa uma maioria rorizista. Isso porque, além dos 10 deputados eleitos pela coligação “Esperança Renovada”, apoiadora do ex-governador, outros quatro deputados eleitos pela coligação adversária são ligados historicamente a Joaquim Roriz.

Na nova bancada de Roriz no legislativo local destacam-se a filha caçula do ex-governador, Liliane Roriz (PRTB), e Celina Leão (PMN), ex-chefe de gabinete da outra filha do casal Roriz, Jaqueline Roriz. Jaqueline, por sua vez, foi eleita deputada federal no domingo. Foram eleitos também para a Câmara Legislativa do DF Rôney Nemer (PMDB), ex-secretário de infraestrutura no governo Roriz, e ainda Dr. Michel (PSL), Cristiano Araujo (PTB) e Evandro Garla (PRB), antigos aliados políticos do ex-governador.

Do grupo que apoia Agnelo, a maior parte das vagas ficou com o PT, com cinco deputados distritais eleitos. Também somam-se à bancada os novatos Professor Israel Batista (PDT) e o ex-diretor do Senado Agaciel Maia (PTC), pivô do escândalo dos atos secretos.

Mensalão do DEM

Quase um terço dos deputados distritais que encerram o atual mandato no próximo dia 31 de dezembro tiveram seus nomes citados no inquérito da Operação Caixa de Pandora, suspeitos de recebimento de propina no chamado “Mensalão do DEM”.

Rôney Nemer (PMDB), Benedito Domingos (PP) e Aylton Gomes (PR), suspeitos de terem recebido parte do dinheiro ilegal, foram reeleitos no domingo para a Câmara, que tem 24 vagas. Benício Tavares (PMDB) poderá completar a lista caso consiga reverter decisão da Justiça que barrou sua candidatura.

Não foram reeleitos o deputado Batista das Cooperativas (PRTB), grande defensor do ex-governador José Roberto Arruda, acusado de chefiar o esquema de corrupção no DF. Geraldo Naves (DEM), que chegou a ficar preso por 60 dias sob acusação de ter participado da tentativa de suborno de uma testemunha do caso, também perdeu a eleição.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna