Scalco faz defesa do parlamentarismo

O governador Jaime Lerner participou ontem da homenagem prestada ao ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Euclides Scalco, pela Associação das Empresas da Cidade Industrial de Curitiba (Aecic). Scalco recebeu o prêmio “Personalidade AECIC”, dirigido a quem, no exercício de suas atividades, contribua para o desenvolvimento do Paraná e fortalecimento do Estado no contexto da Federação.
Durante a solenidade, o ministro falou sobre as prioridades dos próximos anos e disse que tão importante que a reforma tributária é a reforma política. Ele defendeu a regularização do financiamento público das campanhas eleitorais e a implantação do voto distrital como pressupostos para o regime parlamentarista. “O parlamentarismo é o regime no qual a participação da população é mais efetiva. O próximo Congresso vai analisar essa proposta, dentro do projeto de reforma política.”
Presença
“É uma homenagem justa a um paranaense ilustre, que muito tem contribuído para a vida pública do nosso país”, disse o governador na cerimônia que reuniu cerca de 600 pessoas, entre empresários, lideranças do setor produtivo, políticos e secretários de Estado e do município, além de familiares, amigos e convidados especiais do homenageado.
O governador enfatizou o fato de o presidente Fernando Henrique Cardoso ter escolhido um paranaense para um cargo de decisões tão importantes. “O Paraná tem estado sempre presente na vida brasileira e agora, com Euclides Scalco, essa presença é muito maior”, afirmou.
No seu discurso, Euclides Scalco falou sobre o início da sua vida no Paraná, lembrando dos ciclos econômicos do Estado, desde a madeira até a soja e o trigo. “A agricultura forte foi o primeiro passo para o Estado industrial. Com visão de longo prazo, o atual Governo e os empresários iniciaram a era da industrialização”, afirmou Scalco.
O ministro ressaltou que as mudanças do Paraná começaram com a implantação da Cidade Industrial de Curitiba, na década de 70. Ao falar sobre o Brasil, disse que o país tem ainda de concluir as mudanças e complementar ações iniciadas em 1994. “Temos ainda problemas, mas são indiscutíveis os avanços, como os verificados em educação e saúde, assim como é inegável o avanço da imagem do Brasil no mundo durante o governo de Fernando Henrique Cardoso”, disse. “O país não pode mudar de rumo”, afirmou.

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