O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no Senado, que é “ridícula” a afirmação do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), de que não pode impedir que a reunião de hoje do colegiado se dê no mesmo horário (14 horas) da sessão do plenário da Casa. Simon afirmou que o episódio demonstra que Sarney não tem mais condições de presidir o Senado e deixa claro que o senador “joga a seu favor” ao agir supostamente para que a reunião do conselho ocorra “de forma oculta”, isto é, sem transmissão pela TV – pelo regimento interno, a TV da Casa só transmite a sessão do plenário.

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Simon considera “uma das mais importantes da história do Senado” a reunião de hoje do Conselho de Ética, que tomará uma decisão sobre os recursos apresentados pelos governistas contra o arquivamento das ações em que Sarney é acusado de envolvimento em irregularidades e quebra do decoro parlamentar. Simon voltou a defender a renúncia de Sarney do cargo após ouvir do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Demóstenes Torres (DEM-GO), a informação de que, em telefonema, o presidente da Casa lhe disse que não poderia alterar o horário da reunião do colegiado ou do plenário.

“Indaquei se poderia perguntar ao presidente do Conselho de Ética (senador Paulo Duque, PMDB-RJ) se ele poderia alterar o horário da reunião. Sarney disse que não poderia alterar a coincidência de horários e não teria como interferir nesse caso”, contou Demóstenes. Ele acrescentou que Sarney lhe afirmou também que não poderia receber os integrantes da CCJ, porque já tinha um almoço programado.

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