O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), evitou nesta manhã fazer previsões sobre os prazos de tramitação e de aprovação do novo Código Florestal na Casa. O texto foi aprovado pelos deputados na última terça-feira e agora segue para o Senado.
“Petronio Portella já dizia que a pior coisa é a gente lidar com hipótese”, alegou Sarney, referindo-se ao ex-senador e ex-ministro da Justiça, considerado um dos mais hábeis articuladores do Congresso no período do regime militar. “Não posso avaliar, mas votaremos no tempo necessário, sem nenhum atropelo, de maneira que todos possam opinar”, acrescentou.
Para Sarney, a possibilidade dos deputados derrotarem as mudanças feitas pelos senadores quando o texto voltar para a Câmara não vai atrapalhar o debate. “O trabalho do Senado nunca é em vão. Nós sempre procuramos melhorar o projeto ou, então, aprofundar mais a discussão iniciada na Câmara”, argumentou.
O presidente disse que não conhece o projeto “em profundidade” para comentar as medidas aprovadas pelos deputados. O texto votado na Câmara contém vários itens em oposição às expectativas do governo. É o caso da permissão do uso de área de proteção permanente (APP) e a participação dos Estados no programa de regularização ambiental.