Na frente do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, fez afagos ao Brasil e defendeu a reforma urgente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Durante seu discurso no seminário Novo Mundo, Novo Capitalismo, entretanto, o chefe de Estado francês não fez nenhuma alusão clara à compra dos caças Rafale pelo País.

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Os elogios de Sarkozy ao Brasil e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva são frequentes. Mas hoje, durante o colóquio realizado na Escola Militar, em Paris, as referências positivas proliferaram. Falando sobre a interação entre os dois países, que já apresentaram propostas comuns no G20 de Londres, em 2009, e na 15ª Conferência do Clima (COP15), em Copenhague, além de firmarem a Parceria Estratégica nas áreas civil e militar, o líder francês afirmou: “Todo mundo conhece a aliança entre o Brasil e a França”.

Em meio a um pronunciamento sobre a reforma do sistema financeiro, Sarkozy derivou para a política e defendeu a reforma do Conselho de Segurança da ONU – uma ambição antiga de Brasília. “A França quer que os grandes países emergentes se associem à gestão mundial”, destacou, reiterando: “Quem pode acreditar que podemos resolver os problemas do mundo sem o Brasil? E sem a Índia? E sem um país africano? Não é apenas incompreensível, é absurdo.” A França defende a inclusão da Alemanha, do Japão, do Brasil e da Índia.

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