O presidente da França, Nicolas Sarkozy, foi um dos primeiros líderes internacionais a saudar a candidata petista Dilma Rousseff como presidente eleita do Brasil. Os cumprimentos foram enviados quando o resultado oficial ainda não era conhecido, mas quando a apuração já indicava a tendência de vitória da escolhida de Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Sarkozy, Dilma tem “trajetória política excepcional” e sua vitória é “um marco”.

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“Não podiam servir de forma mais oportuna suas muitas competências, demonstradas por ela no exercício de suas funções anteriores, e a força de suas convicções”, afirma o presidente francês, em nota distribuída pelo Ministério das Relações Exteriores. O comunicado lembra que os governos do Brasil e da França aumentaram a cooperação durante os mandatos de Lula e Sarkozy e pede à presidente eleita que mantenha o mesmo nível das relações bilaterais.

“Nossa cooperação há de intensificar-se ainda mais no decorrer dos próximos meses, principalmente com a presidência francesa do G-20”, estima o chefe de Estado francês. O Palácio do Eliseu tem mesmo todo o interesse de manter uma boa relação com o novo governo brasileiro à medida que, além da cooperação política e econômica, a França espera do Brasil uma resposta positiva em contratos como o da venda dos caças Dassault Rafale às Forças Armadas, avaliada em US$ 5 bilhões, uma decisão que vem sendo postergada a um ano por Lula.

Além do governo francês, a mídia europeia também começou a render tributo à eleição de Dilma. Na França, a atenção de jornais como Le Monde e Le Figaro se voltou à herança que a petista receberá de Lula e à declaração do atual presidente de que não participará do futuro governo petista. Nas principais emissoras de TV, como a pública France 2, Dilma foi o destaque das reportagens que enfatizavam a vantagem de sua candidatura sobre a de Serra nas últimas pesquisas de opinião. Na mesma linha, o britânico The Guardian abordava o assunto à noite com destaque para a primeira mulher eleita presidente do Brasil.

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