O Estado de São Paulo registrou 81 invasões de terra em 2009, o maior número desde 1997, quando os conflitos fundiários passaram a ser contabilizados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Igreja Católica. É a segunda vez que o Estado lidera o ranking de invasões no Brasil – a outra foi em 2007, com 75 ocupações.

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O Estado do Alagoas, segundo colocado, teve 31 ocupações. Este ano, São Paulo superou as 76 ações ocorridas nos nove Estados do Nordeste. O salto no número de invasões – no ano passado foram 49 – recoloca o Estado no centro da luta pela terra no País. Apenas em 1998, durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso, São Paulo alcançou um número próximo, com 78 invasões.

A CPT contabilizou as ocupações até o dia 15 de novembro e só deve fechar o balanço de 2010 no fim do mês. Nos últimos 15 dias, foram invadidas três fazendas em São Paulo: usina Ester, em Americana; Cabreúva, em Agudos; Santa Rosa, em Iacri.

A intensificação das invasões coincide com o fortalecimento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Estado. Nos últimos anos, o Incra instalou oito núcleos de apoio nas regiões com maior concentração de famílias acampadas, como o Pontal do Paranapanema, Iaras e Alta Paulista. Também intensificou o processo de arrecadação de terras federais supostamente griladas e o de vistoria de fazendas para conferir os índices de produtividade. O número de assentamentos federais no Estado cresceu de 43 até 2003 para 109 em 2009.

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A média anual de invasões em São Paulo quase dobrou no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, se comparada com o governo FHC. Nos últimos seis anos do tucano, período em que as ocupações foram contabilizadas pela CPT, houve uma média de 36,8 invasões por ano no Estado. Já na administração petista, a média anual nos sete anos contabilizados saltou para 61,7 invasões, um aumento de 67,6%. No País todo, o aumento na média anual de invasões de um governo para outro foi de 11,9%, de 346 para 387. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.