São Paulo deixa de atender atualmente 155 mil famílias no programa Bolsa-Família por falta de inscrição no Cadastro Único. Hoje, o Ministério do Desenvolvimento Social liberou R$ 4 milhões para que a capital paulista, a cidade mais rica do País, termine o cadastramento e possa aumentar seu atendimento. Hoje, São Paulo é a capital com pior nível de atendimento do País.

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Entre 30 cidades que tem o cadastramento mais atrasado, é a 4ª, com apenas 54% de cadastros feitos. Perde apenas para Aparecida de Goiânia (GO), Cachoeiro de Itapemirim (ES) e Itaquaquecetuba (SP). Entre as capitais, as em pior situação são Goiânia, com apenas 63,7% de famílias cadastradas, e Brasília, com 70,6%.

Desde o início do programa, a capital nunca chegou próximo dos 100% de cadastramento das famílias que poderiam ser incluídas no programa – todas aquelas com renda familiar per capita inferior a R$ 140. No início do ano passado, depois de um esforço especial, alcançou 71,6%. No entanto, o recálculo feito pelo MDS, com base na atualização do mapa da pobreza feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) elevou o número de famílias a serem atendidas de 285.060 para 327.188, o que defasou ainda mais a cobertura.

“Repassamos esses recursos para que São Paulo possa fazer imediatamente o cadastramento de pelo menos 134 mil famílias das famílias que faltam ser atendidas”, explicou o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias. “Temos indicadores firmes que mostram um número considerável de famílias sem atendimento e temos condições de incluí-las. São Paulo tem seus problemas próprios por ser a maior cidade do País e procuramos ajudar na forma de uma parceria”.

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A secretaria municipal de Assistência Social, responsável pelo Bolsa-Família na capital, explica que tem hoje cadastradas 233.133 famílias no Cadastro Único, mas apenas 171 mil são atendidas porque o restante já foi excluído por estar fora dos critérios do programa.