Com a expectativa de novas definições para a equipe de governo de Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira, crescem as especulações em torno do nome do deputado federal eleito Jorge Samek (PT), amigo pessoal e de longa data do presidente, muito bem relacionado na alta cúpula do partido.
Os boatos ganharam uma força extra quando o futuro chefe da Casa Civil, José Dirceu, em recente encontro em Brasília, dirigiu-se a Samek chamando-o de “ministro”.
Entre os paranaenses, Samek , atualmente vereador em Curitiba, foi desde o início o nome mais cogitado para ocupar uma função na esfera federal. Primeiramente foi lembrado para a pasta da Agricultura, que acabou ficando para o paulista Roberto Rodrigues. Agora seu nome está entre os citados para o Ministério de Polìtica Fundiária, área onde o engenheiro agrônomo atua com desenvoltura. O PT do Paraná encaminhou a equipe de transição de Lula sugestões de nomes para cargos nos vários escalões da futura administração, mas até agora nenhum deles foi aproveitado.
Experiente
Um dos petistas mais votados do Paraná este ano, Samek acumula vasta bagagem política. Foi um dos fundadores da legenda no Estado, ocupou cargos na direção partidária partido, passou pela Câmara Municipal de Curitiba, foi secretário municipal de Abastecimento na primeira gestão de Roberto Requião na prefeitura de Curitiba. Reeleito vereador, participou das eleições do dia 6 de outubro obtendo a expressiva marca de 114 659 votos. Dentro do partido, só foi superado pelo Dr. Rosinha, da facção mais à esquerda. Logo após as eleições, foi cogitado para ocupar uma das secretarias do governo Requião, mas preferiu apostar suas fichas em Brasília, seja para vir a ocupar um posto no Executivo, seja para dedicar-se ao mandato para o qual foi eleito.
Além de amigo pessoal do futuro presidente, Samek integra a ala moderada do PT, a qual pertencem também o deputado estadual reeleito Ângelo Vanhoni, o deputado federal eleito Paulo Bernardo e boa parte da direção estadual do partido.