Na eleição estadual mais surpreendente das últimas décadas, o ex-juiz federal Wilson Witzel (PSC) foi escolhido governador do Rio, com quase 60% dos votos válidos, derrotando o ex-prefeito da capital Eduardo Paes (DEM). Com 100% das urnas apuradas, Witzel recebeu 59,87% dos votos válidos, ante 40,13% do total de votos do segundo colocado, o candidato do Democratas (DEM), Eduardo Paes.
Sua vitória pode ser explicada por seu alinhamento a Jair Bolsonaro (PSL), seu posicionamento como “outsider”, seu discurso duro quanto à segurança pública e ao combate da corrupção e a associação de Paes ao grupo político até então hegemônico no Rio, entre eles, o ex-governador Sérgio Cabral (MDB), preso pela Lava Jato.
Nascido em Jundiaí, no Rio desde os 19 anos, Witzel começou a corrida como completo desconhecido da população. Fez discurso duro anti-corrupção e de enfrentamento do caos na segurança pública, prometendo endurecer contra o tráfico de drogas e “abater criminosos armados de fuzil.
Ele foi servidor público com passagens pela Marinha, o Instituto de Previdência do Município do Rio (Previ-Rio) e a Defensoria Pública. Hoje, é sócio de escritórios de advocacia.
Atuou como professor de direito e foi juiz por 17 anos, com passagens pelo Espírito Santo e o Rio. Foi presidente da Associação dos Juízes Federais do Rio e do Espírito Santo. Deixou a toga e o salário bruto de R$ 29 mil afirmando que iria “varrer a corrupção do Estado” e as “raposas da política”.