A disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2012 deve ganhar nos próximos dias mais duas candidaturas: a do ex-deputado federal Celso Russomanno, que está disposto até mesmo a deixar o PP para manter sua intenção de pleitear a maior Prefeitura do País, e o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT), o Paulinho da Força, que ficou animado com sua performance nas recentes pesquisas de intenção de voto.

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Russomanno enfrenta resistência do PP paulista, mais especificamente do deputado federal Paulo Maluf (presidente do diretório estadual), e negocia sua filiação com outros três partidos. Já Paulinho pretende oficializar sua candidatura em 1º de outubro, data da convenção estadual do PDT.

Russomanno se reuniu ontem com a cúpula nacional do PP para pedir a intervenção da executiva a seu favor. O ex-deputado usou a pesquisa Datafolha do início do mês que indica que ele teria de 13% a 16% das intenções de voto se o pleito fosse hoje. “Bem do jeito que estou, mantenho minha candidatura sim. Não acho que o PP seja uma legenda de aluguel, temos que ter uma candidatura própria”, defendeu o ex-deputado em contraponto a Maluf, que negocia o apoio da sigla a outro partido. Apesar da disposição, ele reconheceu: “A executiva nacional terá de decidir essa questão.”

Segundo o ex-deputado, o presidente nacional do PP, senador Francisco Dornelles, pediu três dias para dar solução ao impasse. “Vou ser sincero, não gostaria de sair do partido, mas preciso começar a repensar”, disse, sem revelar com quais partidos estaria negociando.

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As pesquisas de intenção de voto também serviram de estímulo para Paulinho. O deputado destacou que a direção nacional do PDT já havia decidido lançar candidato próprio em todas as capitais e, por isso, o partido insistia para que ele disputasse a sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD), em São Paulo. “A direção nacional vinha insistindo, eu é que estava na dúvida”, explicou.

O deputado vinha alegando que o espaço reduzido do partido na TV poderia inviabilizar sua candidatura, no entanto, os 6% e 9% apontados pelo Datafolha o convenceram a lançar-se candidato. “Os números mostram que existe uma expectativa de todos crescerem. E quanto mais candidatos tiver, melhor”, avaliou.

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De acordo com o deputado, o PDT não tem perspectiva de fazer alianças em 2012. “A gente acha que não é fácil fazer alianças. Não é fácil convencer um partido de retirar seu candidato”, concluiu. Mesmo sem o apoio de outras siglas, Paulinho se diz motivado a entrar na disputa com novatos, como o deputado federal Gabriel Chalita (PMDB) e o ministro da Educação Fernando Haddad (PT). “Essa é a coisa que mais me incentiva”, admitiu.