Rusch quer comissão investigando fundo de pensão

O vice-líder da bancada de oposição, deputado Elio Rusch (DEM), defendeu ontem, 11, a criação de uma comissão especial na Assembléia Legislativa para apurar se há irregularidades na administração da ParanaPrevidência, o fundo de aposentadorias e pensões dos servidores públicos estaduais.

Rusch disse que os deputados têm a responsabilidade de verificar se é verdade que o governo não está realizando os repasses obrigatórios ao fundo e se está havendo aplicações irregulares dos recursos.

Rusch também defende que a Assembléia investigue quem estava falando a verdade, se o ex-diretor jurídico do ParanaPrevidência Francisco Alpendre, que acusou o diretor financeiro, Mário Lobo Filho, de ter ligações suspeitas com um banco onde o fundo aplicou R$ 50 milhões, ou se a governador Roberto Requião (PMDB), que insinuou que o denunciante é que estava envolvido em irregularidades.

?Eu não entendo como o governador fez a acusação ao diretor jurídico, se quem era o responsável pelas aplicações era o diretor financeiro. Tudo isso tem que ser esclarecido?, afirmou o deputado.

Para Rusch, existem dúvidas sobre o que está ocorrendo no ParanaPrevidência e apesar das muitas explicações que vem sendo dadas pelo governo, a Assembléia Legislativa tem que buscar os esclarecimentos.

?Não se trata de ser governo ou oposição. Nós não podemos é deixar passar em branco isso porque o que está em jogo é o futuro das aposentadorias dos servidores públicos. Se existem as denúncias, nós temos que investigar. E com imparcialidade?, afirmou.

Passivo

Para o líder do governo, deputado Luiz Claudio Romanelli (PMDB), a bancada de oposição está tentando dar sobrevida a um tema que já estaria esgotado pelas informações prestadas pelo governo.

Ontem, Romanelli afirmou que a oposição também poderá ser chamada a explicar uma perda de R$ 1,5 bilhão que o Paraná teria registrado ao antecipar o pagamento dos royalties da Usina de Itaipu, durante o governo Jaime Lerner, para capitalizar o fundo.

Segundo o líder do governo, os recursos foram convertidos em títulos públicos federais pelo valor de R$ 1,2 bilhão, no primeiro mandato de Lerner, entre 94 e 98. Uma auditoria realizada pela Itaipu mostrou que os royalties corresponderiam atualmente a R$ 3 bilhões. ?Foi um negócio mal feito que trouxe este prejuízo?, acusou.

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