Rubens Bueno criticou o apoio tucano à venda da Copel. Enquanto Beto Richa atacou os aliados nacionais de Ciro Gomes. continua após a publicidade |
Os candidatos ao governo Rubens Bueno (PPS) e Beto Richa (PSDB) tiveram anteontem um primeiro entrevero nesta campanha eleitoral. Durante um encontro entre os candidatos promovido pela Faculdade de Direito da Universidade Tuiuti do Paraná, na sede do Cietep (Centro Integrado de Empresários e Trabalhadores do Paraná), os dois se envolveram em um bate-boca em torno das posições e alianças dos seus partidos.
Beto considerou uma provocação o fato de Bueno ter dito que todos os atuais deputados do PSDB do Paraná votaram contra o projeto de iniciativa popular que proibia a venda da Copel. O tucano rebateu atacando a composição da coordenação nacional da campanha do candidato a presidente da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS). Apenas o senador Álvaro Dias (PDT) não esteve no encontro, do qual também participaram o senador Roberto requião (PMDB), o deputado federal Padre Roque (PT) e o ex-secretário da Fazenda Giovani Gionédis (PSC).
No encontro, cada candidato respondia a perguntas de três jornalistas e não havia possibilidade de questionamentos recíprocos entre os candidatos. Mesmo assim, Bueno e Beto acabaram quebrando as regras e se desentenderam. Na primeira rodada, o candidato do PPS ao governo pregou a moralização da política e criticou a atuação dos deputados que subvertem o papel do Legislativo de fiscalizar o Executivo, trocando seus votos por favores do governo. Quando Bueno abordou o problema da privatização da Copel, Beto rebateu utilizando o argumento da moralização na política, que fez parte da primeira exposição do candidato do PPS.
A divergência começou quando Beto, respondendo a uma pergunta sobre privatização, afirmou que num eventual governo não venderia a Copel. Bueno, então, disse que além do compromisso seria preciso que o eleitor reparasse no comportamento do partido. Neste momento, ele acusou os atuais tucanos de terem apoiado o governo Jaime Lerner (PFL) na tentativa de privatizar a empresa.