Duas vezes prefeito de Campo Mourão, o ex-deputado federal Rubens Bueno vai tentar agora a sorte nas eleições municipais de Curitiba deste ano. Bueno foi oficializado como candidato do PPS em convenção realizada ontem, na sede do Paraná Clube, com a participação do presidente nacional da sigla, o senador Roberto Freire (PE).
O PPS está tentando atrair o PP para uma coligação, que resultaria na indicação do vereador Ney Leprevost como candidato a vice-prefeito na chapa. Ele foi convidado para o cargo, mas ainda não apresentou sua resposta. A escolha do candidato a vice será conduzida pela direção do partido, que recebeu ontem o aval dos convencionais para completar a chapa, e deve ser concluída até o final do mês. Na convenção, também foi aprovada a chapa de 53 candidatos do PPS à Câmara de Vereadores de uma lista de 80 pré-candidatos.
Com 5% dos votos na pesquisa estimulada feita pelo instituto de pesquisa Toledo & Associados, divulgada no último dia 6, o candidato do PPS lembrou que cerca de 70% da população continua indecisa na sucessão municipal. “Estamos em busca destes votos. Temos propostas do Projeto “Fala Curitiba” e alternativas firmes e seguras para Curitiba. Longe dos Palácios e perto do povo. É assim que vamos trabalhar”, disse.
Para Bueno, a população da capital quer mudanças. “O modelo que vem sendo adotado em Curitiba está vencido, cansado, esgotado. Queremos oferecer uma alternativa para valer em todos os setores. Vamos criar atividades econômicas em todos os municípios. Queremos que o controle social seja absoluto, que o governante reflita sobre aquilo que a população deseja e debata as questões importantes com a sociedade”, disse.
Alianças
O PPS está conversando com lideranças de pelo menos três partidos para tentar firmar alianças: PDT, PSDC e PHS. O partido planeja ter candidato a prefeito em cerca de duzentos municípios do Paraná. “O nosso planejamento é ter candiaturas viáveis e fazer com que o debate seja propositivo, condizente com a história do PPS. Sobretudo, queremos trazer políticas que resultem em mudanças para a sociedade. Este é o nosso desafio”, disse Bueno.
O presidente do Diretório Municipal, deputado estadual Marcos Isfer, afirmou que, mesmo fazendo coligações com o PMDB e o PDT em várias cidades, o partido está aberto a alianças com outras legendas – inclusive o PSDB. Ele disse que o partido decidiu não se aliar ao PMDB e o PT em torno da candidatura do deputado estadual petista Angelo Vanhoni porque a legenda resolveu ter candidao próprio. “Fizemos esta opção porque acreditamos que temos condições de disputar e vencer em Curitiba. O Rubens Bueno é a terceira via da capital”.
Estiveram presentes na convenção do PPS para prestigiar o lançamento da candidatura de Rubens Bueno o ex-governador Mário Pereira; os presidentes do PP, Alberto Klaus, e do PMN, Pedro Manuel Neto; os vereadores Ney Leprevost (PP), Jorge Bernardi (PDT) e André Passos (PT); o diretor-presidente do Detran, Marcelo Almeida; e o apresentador de televisão Ratinho.
Partido disputa 21 capitais
Para o presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire, a candidatura de Rubens Bueno é mais uma etapa no processo de comsolidação do partido no plano nacional, que vem se fortalecendo nos últimos anos. “Em 2000, tivemos seis candidatos a prefeito nas capitais. Hoje, temos em 21, em alguns delas com grandes chances de sermos vitoriosos”, comentou o dirigente do partido, o principal convidado da convenção de ontem do PPS.
Freire elogiou Rubens Bueno. “O Rubens tem os atributos e as virtudes para se eleger prefeito. Afora isso, há o cansaço do atual modelo, a fadiga de material. O Rubens representa um sopro de renovação, uma alternativa firme e segura, o nome que pode ampliar aquilo que a população de Curitiba já conquistou nestes anos”, disse.
Freire criticou o governo Luiz Inácio Lula da Silva. Disse que o governo não vem oferecendo nada de novo à sociedade e que vem reproduzindo as práticas das gestões anteriores. “A esquerda brasileira precisa se preparar para que não sejamos parte de um fracasso. Por este motivo, o PPS está oferecendo uma alternativa às políticias econômicas e sociais que, infelizmente, foram adotadas como continuísmo pelo PT.