O presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB) convocou para a próxima terça-feira, dia 5 de julho a sessão especial da Casa para a eleição do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, na vaga aberta pela anulação da nomeação de Maurício Requião para o cargo. Antes disso, na segunda-feira, dia 4, os 17 candidatos admitidos pela comissão especial que ouviu os 41 aspirantes ao cargo terão 10 minutos cada para falar ao plenário da Assembleia.
Os três principais candidatos seguem sendo o procurador-geral do Estado, Ivan Bonilha e os deputados Augustinho Zucchi (PDT) e Nelson Garcia (PSDB). Também disputam o cargo os candidatos Andrey Marzanatti Bornia, Gabriel Guy Léger, Marcelo Henrique Pereira, Washington Alves da Rocha, Edson Navarro Tasso, Maria Ofélia de Andrade Toledo, Roberto Bohlen Seleme, Juarez Alfredo Toledo, Ângela Cássia Costaldello, Anselmo José de Oliveira, Claudio Augusto Canha, Fioravanti Chierighini, Tarso Cabral Violin e Vivianne Zeni Beltrão Laurindo.
Disputa acirrada
A Presidência da Assembleia decidiu acatar a recomendação da Comissão Especial e a votação se dará por voto secreto, o que deverá aumentar a disputa, já que os deputados ficarão mais livres da pressão externa. O novo conselheiro terá de ser eleito por maioria absoluta dos votos. Assim, poderá ser necessário um segundo turno, caso um candidato não recebe 28 votos (se todos os deputados votarem) na primeira indicação.
Com o governo pressionando pela eleição de Bonilha, e vários deputados defendendo que a vaga seja destina a um parlamentar a disputa tende a ser apertada. Nos bastidores, a bancada do PT por exemplo, já estaria fechada em votar em um dos dois deputados (Zucchi ou Garcia). Decisão que levantou a possibilidade de a bancada governista chamar de volta o deputado licenciado Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), o que tiraria Elton Welter (PT) do rol dos eleitores e garantiria mais um voto para Bonilha.
“Romanelli é um homem da base de apoio ao governador Beto Richa, se necessário, estará aqui”, adiantou o líder do governo, Ademar Traiano (PSDB). Para fortalecer a oposição a Bonilha, há ainda, quem defenda que um dos dois parlamentares abra mão da disputa, concentrando os votos em um único deputado.
Mais uma vez dividida, a bancada do PMDB, com 12 deputados, pode ser decisiva para a eleição. Diretamente atingido pela decisão de Rossoni de anular a nomeação de Maurício, o partido pode, como retaliação, votar contra o candidato do governo. Ao menos seis deputados já teriam dado essa indicação. “O PMDB ainda aguarda uma decisão judicial favorável a Maurício. Se não ocorrer até segunda-feira, nos reuniremos para discutir o voto. Mas daremos preferência a um deputado”, disse Nereu Moura. A defesa de Maurício Requião ingressou, nesta quarta-feira, com um Mandado de Segurança na Segunda Vara de Fazenda Pública de Curitiba pedindo a suspensão da nova eleição para o TCE.