Quase dois meses depois de encaminhar para o Tribunal de Contas do Estado (TCE) a relação das aposentadorias sob suspeita de irregularidades, a Assembleia Legislativa ainda aguarda o resultado da análise dos técnicos do órgão. O presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni (PSDB), disse nesta terça-feira (13) que sem a resposta do Tribunal de Contas e da ParanáPrevidência ao relatório das aposentadorias, não pode dar continuidade à reestruturação de pessoal. A Mesa Executiva esperava que o trabalho fosse concluído em trinta dias.
O “pente fino” nas aposentadorias realizado por empresa especializada, a Paraná Consultoria, mostrou que cerca de 90% das aposentadorias do Legislativo podem conter algum tipo de irregularidade, seja na contagem do tempo de serviço ou no valor do benefício. Embora seja uma exigência constitucional, a maioria das aposentadorias da Assembleia Legislativa foi concedida sem o exame do TCE, órgão responsável por analisar todos os pedidos de benefícios de servidores públicos.
A expectativa do presidente da AL é que a revisão das aposentadorias resulte em uma redução na folha dos inativos e pensionistas, que é de R$ 3,4 milhões mensais. A projeção se sustenta em uma amostragem feita pela consultoria que, ao analisar doze benefícios, concluiu que a Assembleia pagava R$ 141 mil a mais do que deveria. Atualmente, são 304 aposentados e 162 pensionistas. Rossoni acha que o valor pago pode ser reduzido pela metade.
