O deputado Rogério Rosso (PSD-DF), presidente da Comissão Especial que avalia na Câmara o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff, pediu que os integrantes do colegiado evitem medidas protelatórias e delegou ao relator do processo, Jovair Arantes (PTB-BO), a tarefa de decidir sobre a aceitação ou não da inclusão da delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio Amaral (sem partido-MS).
Rosso disse ser necessário “evitar ao máximo inovações, afastar qualquer procedimento sem fundamento legal que possa suscitar a suspeição, protelação ou nulidade dos trabalhos desta comissão”.
“Não posso permitir que esta comissão extrapole o que é razoável. É grande a responsabilidade sobre nós. Peço que membros reflitam sobre o que tenho dito e sobre o período que estamos vivendo”, afirmou Rosso.
O presidente do colegiado disse ainda que caberá a Jovair Arantes dizer se aceita ou não a inclusão de Delcídio no processo. A representação inicial considerava apenas as chamadas “pedaladas fiscais”. No entanto, quando Dilma foi notificada da abertura do processo, na semana passada, a presidência da Câmara já havia incluído da delação.
O governo apresentará questões de ordem e promete ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF).