O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, criou uma comissão de sindicância para apurar as denúncias de irregularidades no ministério. Foram designados para a comissão o procurador da Fazenda Nacional, Hélio Saraiva Franca, o advogado da União, Carlos Alberto de Oliveira Pinto, e o agente administrativo do ministério, Nadir da Costa Tavares. A portaria foi publicada hoje no Diário Oficial da União. A comissão terá 30 dias para apurar “os fatos reportados da Revista Veja”. Entre as denúncias estão o uso eleitoral da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e suposto tráfico de influência.
Apesar das denúncias, a presidente Dilma Rousseff decidiu manter Wagner Rossi no ministério para não brigar com o PMDB do vice-presidente Michel Temer, que indicou Rossi para a pasta. Em contrapartida, vai impor uma faxina nos cargos hoje ocupados por amigos do ministro. Há 12 pessoas que ocupam cargos na Agricultura, por indicação política e amizade com Rossi, que estão na mira da presidente e devem ser substituídos por nomes técnicos.
Segundo auxiliares da presidente, ela fará o máximo de esforço para evitar repetir com o PMDB a experiência traumática que vive com o PR, alijado do Ministério dos Transportes e que ontem anunciou que atuará com independência nas votações no Congresso.