O ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Júnior, filho do senador Romeu Tuma (PTB-SP), morto ontem por falência múltipla de órgãos, disse hoje que o pai deixou um legado para o País por meio do trabalho. “Ele mostrou que a verdade, a justiça e a ética não são uma virtude, mas uma obrigação do ser humano”, afirmou, durante o velório na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), na zona sul da capital paulista.
Na avaliação de Tuma Júnior, os quase 4 milhões de votos que o senador do PTB de São Paulo recebeu no dia 3 como candidato à reeleição, embora estivesse internado, foram um reconhecimento da atividade como político. O ex-ministro da Fazenda Delfim Netto também esteve no velório para prestar uma última homenagem a Romeu Tuma. “Foi uma pessoa íntegra, trabalhadora, amiga dos amigos e até dos inimigos. O Brasil perde um grande homem hoje.”
O presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP), candidato a vice-presidente na chapa de Dilma Rousseff (PT), representou a ex-chefe da Casa Civil no velório de Tuma. Temer transmitiu os pêsames de Dilma aos familiares do senador. “Dilma pediu que eu transmitisse um grande abraço a toda a família”, afirmou. O presidente da Câmara disse que recebeu a notícia da morte com “tristeza”. “Sob todos os ângulos, Tuma vai fazer muita falta para todos os brasileiros”, afirmou, destacando a relação pessoal e profissional que tinha com ele.
O cardeal arcebispo de São Paulo, d. Odilo Pedro Scherer, fez uma oração em memória de Tuma. Em aproximadamente 20 minutos, d. Odilo deu palavras de conforto aos familiares e rezou o pai-nosso duas vezes. Ele chegou acompanhado do deputado eleito Gabriel Chalita (PSB-SP).