O relator dos questionamentos em torno da abrangência da CPI da Petrobras, senador Romero Jucá (PMDB-RR), vai fazer uma consulta ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o assunto.
Aos moldes do que fez a oposição na manhã desta terça-feira (08), a estratégia visa tentar garantir a investigação ampla, sugerida pelo governo. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado abriu no início desta tarde a reunião para definir o futuro da CPI.
Em seu relatório, Jucá vai defender a instalação da CPI do “Fim do Mundo”, que pretende apurar denúncias envolvendo a Petrobras e também as obras do metrô em São Paulo e no Distrito Federal, além de supostas irregularidades no porto de Suape (PE).
“Não há prejuízo para a minoria,porque o objeto deles será investigado de qualquer forma”, afirmou. Ao pedir um posicionamento do Supremo, Jucá não espera atrasar a instalação da comissão. “É uma consulta para o futuro, caso haja outra CPI abrangente como essa”, explicou.
A ordem do Palácio do Planalto é tentar driblar qualquer iniciativa de investigar a Petrobras e a compra da refinaria de Pasadena. Conforme revelou o jornal O Estado de S. Paulo, a presidente Dilma Rousseff votou a favor da compra com base em um relatório que ela própria classificou como falho.
O ex-presidente Lula também entrou em campo para trabalhar contra a instalação de CPI em reforço à equipe de Dilma, que não conseguiu convencer aliados a retirar assinaturas do pedido de CPI da oposição.
Entenda
Semana passada o Congresso viveu algo inédito. Foram protocolados quatro pedidos de criação de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o mesmo tema: duas da oposição e duas da base governista. Aliados de Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) defendem investigações exclusivas sobre a Petrobras, enquanto o PT e o PMDB querem a CPI ampla.