O Ministério Público Federal do Paraná, por meio da força-tarefa da Lava Jato, denunciou Romero Jucá e Sérgio Machado pelo envolvimento em esquema de corrupção mantido na Transpetro. Segundo a denúncia, a corrupção era presente em quatro contratos e sete aditivos firmados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro. Estes contratos geraram pagamentos ilícitos de pelo menos R$ 1 milhão.
De acordo com a denúncia, Sérgio Machado, então presidente da Transpetro, tinha a função de arrecadar propinas para seus padrinhos políticos. Sérgio Machado, em contrapartida, garantia às empreiteiras a continuidade dos contratos e a expedição de futuros convites para licitações.
Pagamento disfarçado
A denúncia apontou ainda que os valores repassados a Jucá foram disfarçados por meio de doação eleitoral oficial de R$ 1 milhão. Em junho de 2010, apontou o MPF, a empresa efetuou o repasse desses subornos para Romero Jucá ao Diretório Estadual do PMDB no Estado de Roraima. As propinas, assim, irrigaram a campanha de reeleição de Romero Jucá ao Senado, bem como as campanhas do filho e de ex-esposa para o Legislativo.
Investigações seguem
A força-tarefa Lava Jato em Curitiba já ofereceu 5 denúncias relativas ao esquema de corrupção na Transpetro. As investigações prosseguem para elucidação de outros fatos criminosos. O esquema de corrupção investigado perdurou pelo menos até o ano de 2014, no contexto de favorecimento de determinadas empresas que efetuavam pagamentos de vantagens indevidas ao então presidente da estatal, Sérgio Machado, e políticos responsáveis por sua manutenção no cargo.
*Com informações do Ministério Público Federal (MPF-PR)
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