Eleito senador no Rio pelo PSB com 4,6 milhões de votos, o ex-jogador de futebol e deputado federal Romário reafirmou na manhã deste domingo que pretende cumprir o novo mandato de oito anos, mas disse que “política é uma coisa dinâmica” e não descartou a possibilidade de disputar a prefeitura do Rio em 2016.
“Depende muito do momento. Se existir essa possibilidade em 2016, o povo do Rio tiver interesse e eu sentir que é o momento de participar de uma eleição, eu faria, mas hoje o meu pensamento está voltado para cumprir esse mandato”, disse Romário, no fim da manhã, em rápida entrevista depois de votar no segundo turno da eleição.
Ele chegou sozinho, dirigindo uma caminhonete importada Range Rover, à escola municipal Joseph Bloch, em Parada de Lucas, na zona norte, onde fica sua zona eleitoral. Ao deixar a cabine, o ex-jogador disse ter votado no governador e candidato à reeleição Luiz Fernando Pezão (PMDB), e no candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves.
No primeiro turno, Romário apoiou as candidaturas derrotadas de Marina Silva (PSB) à Presidência e de Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio. “Agora é Pezão e Aécio, principalmente Aécio, porque está na hora de uma mudança, da alternância de poder”, declarou o senador eleito. “Se o povo brasileiro votar na Dilma, pela continuidade deste governo, significa que está satisfeito, coisa que eu particularmente não estou. A gente que vive hoje na política e acompanha tudo de perto sabe que a coisa está feia, a nossa política está suja.”
Em 2012, Romário já tentou, sem sucesso, ser candidato a prefeito do Rio pelo PSB. “Hoje eu não tenho nenhum tipo de perspectiva para 2016. Meu pensamento é cumprir meu mandato de oito anos. Eu na verdade não tenho plano nenhum em relação à possibilidade de outra candidatura nesses próximos anos. Mas é claro que a política é uma coisa dinâmica. Depende muito do momento.”