O líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), protocolou ontem recurso na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para tentar impedir a devolução ao governo da mensagem que autoriza a construção da usina hidroelétrica de Mauá, no rio Tibagi.
Romanelli quer convencer a CCJ a rever a aprovação do parecer do deputado Reni Pereira (PSB), que decidiu por mandar de volta ao governo a mensagem sem votação em plenário.
Pereira justificou que o governo descumpriu a Constituição Estadual ao começar a obra sem a autorização ser votada. A usina está sendo construída pela empresa J.Malucelli, contratada pelo consórcio Cruzeiro do Sul, formado pela Copel e Eletrosul.
Entretanto, sem autorização legislativa, a obra poderá ser suspensa se for questionada na Justiça por parte da oposição ou do Ministério Público Estadual. No recurso, o líder do governo alegou que o consórcio já obteve o consentimento da Assembleia com a aprovação da lei 14.896, de novembro de 2005, quando autorizou a formação do consórcio entre a Copel e a Eletrosul. Romanelli lembra ainda que uma eventual paralisação da obra ocasionaria um prejuízo próximo a R$ 6 bilhões.