O secretário de Estado do Trabalho e Emprego, Luiz Cláudio Romanelli, garantiu na manhã desta terça-feira (22) que o salário mínimo regional vai sofrer correção pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), e deve ter mais um acréscimo com base no crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) de 2010. O reajuste deve ocorrer mesmo com manifestações contrárias do setor industrial, que cogita que pode haver aumento de desemprego no Paraná dependendo do aumento no salário mínimo. 

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“Digo para todos aqueles trabalhadores que estão sendo ameaçados de desemprego pela iniciativa privada que o governo estadual vai oferecer emprego. Os trabalhadores podem comparecer à Agência do Trabalhador, onde temos mais de 20 mil vagas abertas, metade delas sem exigir experiência”, avisou Romanelli. 

O governo estadual pretende enviar a mensagem com o reajuste do salário mínimo regional até o fim de março para a Assembleia Legislativa do Paraná. Hoje com cinco faixas, variando de R$ 663,00 a R$ 765,00, o salário mínimo deve ter aumento de 7% a 9%, o que deve manter o Paraná como o maior salário mínimo regional de acordo com o secretário do Trabalho e Emprego. “São Paulo deve ter um mínimo regional de R$ 600 e a nossa menor faixa vai ficar com perto de R$ 700”, compara o secretário. 

A previsão é que a votação do novo mínimo regional ocorra até o final de abril. “O salário mínimo é o instrumento para superar a desigualdade social. Estamos registrando recordes na geração de emprego e há um apagão da mão de obra. Quando se tem pleno emprego, é hora de aumentar o salário do trabalhador”, avalia Romanelli, que na última segunda-feira (21) se reuniu com as entidades ligadas à indústria para discutir a questão.

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