Romanelli exige fidelidade da base aliada no caso Mauá

Derrotado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o líder do governo, Luiz Claudio Romanelli (PMDB), disse que vai submeter a base aliada ao teste da fidelidade na votação do recurso que irá propor ao plenário contra a rejeição da permissão para a construção da Usina Hidrelétrica de Mauá.

Anteontem, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou parecer recomendando a devolução da mensagem do governo pedindo autorização para a obra, já em andamento.

Romanelli irá apresentar o recurso assim que for notificado formalmente pela CCJ sobre o resultado da votação. “Aí, nós vamos poder saber quem, de fato, integra a base de apoio do governo na Casa”, disse o líder, que chegou a ser apontado, nos bastidores, como responsável pelo fracasso do governo na CCJ por ter chegado atrasado à votação de anteontem.

“Eu já sabia que não teríamos maioria na CCJ. A nossa estratégia é votar em plenário”, afirmou o líder do governo. Entretanto, ele reclamou da condução da reunião de anteontem pelo presidente da CCJ, Durval Amaral (DEM), que não esperou pela sua chegada para iniciar a votação da matéria. Segundo Romanelli, Amaral não considerou o pedido do assessor jurídico do PMDB para que a votação fosse retardada.

A autorização para a obra foi negada, pela segunda vez, na CCJ, com base em pareceres de Reni Pereira (PSB) e Ademar Traiano (PSDB), sustentando que o governo infringiu a Constituição Estadual ao começar a obra sem que a Assembleia tivesse votado o consentimento.

O governo alega que os deputados já haviam dado o sinal verde para a Usina quando aprovaram o projeto de lei permitindo à Copel se associar à Eletrosul para formar o consórcio para a obra.

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