O líder do governo e vice-presidente do PMDB do Paraná, Luiz Claudio Romanelli, disse que o vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) sabe que sua candidatura ao governo depende de algumas metas a serem alcançadas antes de junho do próximo ano. Entre elas, a busca de apoios internos e de aliados externos.
Romanelli foi o emissário do governador Roberto Requião na recepção ao governador de São Paulo, José Serra (PSDB), na semana passada, e é, junto com o deputado estadual Alexandre Curi (PMDB), o interlocutor do prefeito de Curitiba, Beto Richa, nas negociações para o apoio do PMDB à candidatura do tucano ao governo nas eleições do próximo ano.
Romanelli e Curi trabalham para garantir a participação na chapa majoritária do PSDB e a coligação proporcional com os tucanos. Este último item é visto como a garantia de reeleição da maioria dos 18 deputados que compõem a atual bancada estadual do PMDB.
Romanelli disse que o movimento peemedebista em direção ao prefeito de Curitiba é uma forma de manter as “portas abertas” para um acordo com o PSDB se a candidatura própria do PMDB não se consolidar.
“O próprio Pessuti sabe que a candidatura dele está ancorada em um conjunto de ações para articular apoios, inclusive fora do PMDB”, afirmou. Os contatos e as relações com o PSDB são “institucionais”, disse Romanelli.
Ele acrescentou que “qualquer” candidato a governo ou à presidência da República tem interesse em ter o apoio do PMDB. “Temos um partido com a maior bancada na Assembléia Legislativa, o maior número de prefeitos e vice-prefeitos. Qualquer um quer ter nosso apoio”, afirmou.