Além de denunciar cinco militares e um civil por envolvimento no atentado do Riocentro, em 1981, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro pediu à Justiça que cobre do Exército informações sobre as fichas funcionais de oficiais investigados e, em caso de recusa, emita mandado de busca e apreensão para obter os documentos.
Os procuradores reclamam da “recusa sistemática do Exército Brasileiro” em fornecer informações solicitadas. O grupo de trabalho investiga o destino de vários militares transferidos de suas funções depois do atentado, frustrado pela explosão acidental de uma das bombas no colo do sargento Guilherme do Rosário, que morreu no local.
O Ministério Público Federal pede também que o Superior Tribunal Militar envie a íntegra dos dois Inquéritos Policiais Militares (IPMs) que investigaram o caso, em 1981 e em 1999.
Questionado sobre as queixas da Procuradoria, o Exército não havia respondido até a conclusão desta edição. A denúncia foi distribuída para a 6.ª Vara Criminal da Justiça Federal, a cargo da juíza Ana Paula de Carvalho. A Justiça poderá aceitar ou rejeitar a acusação formal ou pedir mais informações aos procuradores.