Com 96,14% das urnas apuradas, o candidato do PSDB, Beto Richa, obteve 52,64% dos votos válidos e está matematicamente eleito em primeiro turno como governador do Paraná. Nas urnas paranaenses, nem a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva conseguiu alavancar a candidatura de Osmar Dias, do PDT, que tinha 45,42% dos votos válidos. A transferência da popularidade de Lula para Dias esbarrou na aprovação de Richa como prefeito de Curitiba, que chega a 80%.
O tucano governou a capital de 2004 até março de 2010, quando deixou o cargo para concorrer a governador. Richa usou na campanha um discurso positivo, mostrando, sobretudo, os bons projetos que desenvolveu como prefeito. As críticas ao modelo petista de governar foram feitas com parcimônia.
Em posição confortável, Richa repetiu durante a campanha não temer a influência da popularidade de Lula a favor da candidatura de Osmar Dias. “Temos todo o respeito pelo presidente, ele está com grande popularidade, mas acredito que isso não terá reflexo”, disse, no início de setembro. “Eu não preciso de bengala, meu adversário está o tempo todo falando da Dilma”.
Dias buscou na campanha identificação com Lula e Dilma, mas investiu também no discurso de continuidade no Estado. Dias foi apoiado pelo ex-governador Roberto Requião (PMDB), que deixou o cargo em abril para concorrer ao Senado. Hoje, o Paraná é governado por Orlando Pessuti (PMDB). Concorreram ainda ao governo Paulo Salamuni (PV), Amadeu Felipe (PCB), Avanilson Araújo (PSTU), Luiz Felipe Bergmann (PSOL) e Robinson de Paula (PRTB).