A Revista Época publicou neste fim de semana uma denúncia contra funcionários da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo a reportagem, uma gravação que integra investigação sigilosa do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal mostra funcionários da agência pedindo propina. Em troca, a solução de pendências de clientes representados pela advogada Vanuza Sampaio.

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A gravação teria sido feita em maio de 2008, no escritório da advogada no Rio de Janeiro. As imagens mostram dois homens, identificados como os assessores da ANP Antonio José Moreira e Daniel Carvalho de Lima. De acordo com a reportagem, eles teriam exigido o pagamento de propina para a renovação do registro de uma distribuidora representada por Vanuza. A situação de outras empresas que dependem da aprovação da agência para operar também teria sido abordada.

Ainda segundo a revista, os assessores disseram a Vanuza que qualquer procedimento dentro da ANP deveria ser pago e que estavam no local “em nome” de Edson Silva, superintendente de Abastecimento da agência. Dias depois, o próprio superintendente teria se encontrado com Vanuza, a pedido da advogada, conforme depoimento concedido por ela ao Ministério Público.

A gravação solicitada pela Polícia Federal indica que a prática de atitudes ilícitas por membros da ANP é antiga, segundo a reportagem. O ex-superintendente da ANP, Roberto Ardenghy, antecessor de Edson Silva, também é acusado de ter cometido crimes quando ocupava o cargo. Procurado pela Revista Época, Ardenghy não teria respondido às mensagens deixadas pela reportagem. A ANP, assim como os membros da agência citados na matéria, não respondeu às questões levantadas pela revista.

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