Revista denuncia remessas irregulares de dinheiro

A revista IstoE desta semana traz uma reportagem citando as investigações do delegado da Polícia Federal em Foz de Iguaçu, José Castilho Neto, em relação às denúncias de que o Banestado teria sido um dos bancos nos quais empresas de paraísos fiscais que fizeram remessas irregulares de dinheiro mantinham contas. De acordo com as denúncias, foram identificados repasses irregulares para o ex-governador do Paraná José Richa, um dos fundadores do PSDB.

Os peritos identificaram que várias remessas para contas em Luxemburgo e Ilhas Cayman tinham as iniciais “J.S.” e “R.J.S.”. “As transferências repetiam a rota das demais operações. Depois de transitar por vários bancos e laranjas no Brasil, o dinheiro era depositado em contas da agência do Banestado em Nova York tituladas por empresas de propriedade de doleiros brasileiros. Do Banestado, o dinheiro seguia para outras empresas em paraísos fiscais”, diz a reportagem. A reportagem de O Estado tentou localizar José Richa ontem, sem êxito.

Ainda de acordo com a IstoE, o governo teria organizado uma “operação-abafa”, na Polícia Federal, motivada pela divulgação do nome do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), entre os envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro.

“Embora a notícia tenha partido das mesmas fontes governistas da PF que revelaram o R$ 1,4 milhão guardado no cofre da Lunus, de Roseana Sarney o governo usou o fato como pretexto para esconder o caso”, diz a revista, segundo a qual o Banespa teria utilizado o esquema de lavagem instalado no Banestado para enviar irregularmente US$ 50 milhões para o Exterior em 1997.

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