Os deputados estaduais reúnem-se hoje com a direção da Copel para discutir as parcerias da empresa na operação de linhas de transmissão de energia. A reunião está marcada para as 10 horas, no Salão Nobre da Assembléia Legislativa. Na sessão de ontem, o plenário aprovou em primeira discussão a autorização para que a Copel se junte à Eletrosul no consórcio Gralha Azul, no qual a empresa paranaense será sócia majoritária. A liderança do governo irá apresentar uma emenda estabelecendo que em caso de um dos sócios deixar o negócio, as ações terão que ser obrigatoriamente vendidas ao outro, não havendo possibilidade de um terceiro participante assumir o controle do consórcio.
Antes de votar essa emenda na sessão de hoje, a liderança do governo articulou a reunião para que sejam esclarecidas novas dúvidas sobre a matéria que tem gerado polêmica em plenário. Na mensagem que encaminhou à Assembléia Legislativa, o governo pediu a anuência dos deputados para que a Copel possa participar de três consórcios. Em dois deles, a estatal não teria a participação majoritária, contrariando uma lei estadual que impede a Copel de associar-se como sócia minoritária em empreendimentos que tenham a participação da iniciativa privada.
Os leilões para a operação das linhas de transmissão de energia já foram realizados e a Copel depende do aval da Assembléia para assinar os contratos de concessão. Se até o final do mês não houver a formalização dos contratos, as licitações serão canceladas pela Aneel(Agência Nacional de Energia Elétrica).
No consórcio Gralha Azul, a Copel entra com 80% das ações e a Eletrosul com 20%. No consórcio Artemis, a Copel, a Eletrosul e a Cymi (empresa espanhola) participam com 31,66% cada uma e a Santa Rita Comércio e Engenharia com 5%. No consórcio Uirapuru, a Copel participa com 5%, a Eletrosul com 44%, a Cymi com 31% e a Santa Rita com 20%.