Para se contrapor à articulação de uma ala do PMDB para renovar o comando do diretório municipal de Curitiba e de levar o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) de volta ao PMDB, o grupo ligado ao senador Roberto Requião começou a se aproximar do prefeito Luciano Ducci (PSB), candidato à reeleição. Ducci e Gustavo disputam, neste momento, o apoio do governador Beto Richa (PSDB) para ser o candidato do grupo à prefeitura da capital.

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No encontro entre Requião e Ducci, quinta-feira (17) em Brasília, o senador peemedebista deixou claro que não concorda em receber Fruet no partido e muito menos aceita que o PMDB apóie sua candidatura à prefeitura.

Gustavo saiu do partido em 2004, depois de romper com Requião que costurou a aliança com o PT, que lançou o deputado federal Ângelo Vanhoni como candidato a prefeito. Na disputa anterior, Gustavo já havia sido derrotado na convenção pelo grupo que apoiou Maurício, o irmão de Requião, como candidato a prefeito.

Como o PMDB, ou pelo menos uma ala, já está bem acomodada no governo do Estado, Ducci tenta amarrar o partido ao seu projeto, tentando repetir o arco de apoios de Beto na eleição ao governo no ano passado. Ao mesmo tempo, o prefeito vai minando o que poderia ser um braço de sustentação para a candidatura de Gustavo a prefeito se ele deixar o PSDB.

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Democracia interna

Autor do pedido de dissolução do diretório municipal que será discutido na próxima segunda-feira pelo diretório estdual, o deputado estadual Reinhold Stephanes Junior disse que não é contra discutir com o PSB, mas que Requião e o diretório municipal não podem falar em nome de todo o partido.

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“O Requião é um senador e fala como senador do partido. Agora, a posição do partido tem que ser expressada por um novo interlocutor no diretório municipal. E não pode ser o Doático Santos. Tem que ser alguém que represente o partido e aglutine”, afirmou.

Stephanes comentou que, neste momento, o partido deveria estar trabalhando para construir uma candidatura própria. “Eu mesmo tenho a vontade de ser candidato. Agora, se o Gustavo viesse, eu abriria mão. E se mudarmos a direção municipal, o Gustavo vem porque ele teria a garantia de que seria o nosso candidato”, afirmou.

Mesmo se declarando amigo de Ducci, o deputado acha que uma aliança para apoiar a reeleição do prefeito deixaria o PMDB como coadjuvante do processo. “Numa aliança dessas, o PMDB seria o 25º partido a apoiar o Luciano. Não haveria muito espaço para nós”, comentou.