Requião: tapa-buracos não é solução

O governador Roberto Requião afirmou ontem que a operação tapa-buracos da União não é uma solução satisfatória para os problemas das rodovias federais que passam pelo Paraná. Segundo o governador, o que o Estado precisa é de reconstrução das estradas federais que estão abandonadas há muito tempo. Porém, diz ele, o fato de anunciar o Programa de Trafegabilidade e Segurança nas Rodovias, já abre uma perspectiva mais alegre para caminhoneiros e motoristas.

As declarações do governador ocorreram no mesmo dia em que a regional do DNIT no Paraná realizou uma reunião com todos os 25 engenheiros do órgão no Estado e com as empresas que irão começar as obras nas rodovias envolvidas na Medida Provisória 82, na próxima segunda-feira, dia 9. O coordenador do DNIT no Paraná, David Gouvêa, explica que no encontro foi discutida a padronização das ações da próxima semana, para que sejam feitas obras de qualidade.

As intervenções, segundo Gouvêa, acontecerão em doze trechos de estradas, um a mais do que havia sido anunciado ontem pelo Ministério dos Transportes. ?Incluímos também o trecho de 29 quilômetros da BR-476, que liga Bocaiúva do Sul a Colombo e Curitiba, no Atuba. Nós iremos enviar para o DNIT em Brasília documento pedindo a correção da portaria que foi editada?, disse. Ao todo, de acordo com ele, serão 822 quilômetros de estradas em obras. Além dos doze trechos de rodovias, serão realizados também serviços de recuperação estrutural da Ponte Manoel Ribas, na BR-466.

Conforme o coordenador do DNIT, as estradas que mais precisarão de intervenções serão os trechos de rodovias da BR-163, entre Marechal Cândido Rondon e Guaíra, e da BR-476, entre Campo Mourão e Riomuquilã. Gouvêa disse que em 45 dias não deverá mais haver buracos nas estradas.

Embora o governo federal tenha liberado R$ 21 milhões, o custo total previsto é de R$ 26,095 milhões. ?O presidente falou que não vão faltar recursos para a operação. Temos certeza que virão os R$ 5 milhões adicionais.?

Transferência de rodovias

Gouvêa afirmou que durante o tempo em que forem sendo realizadas as obras, deverá começar uma segunda etapa de recuperação das rodovias. Porém essa segunda fase dependerá da reunião que acontecerá entre o presidente Lula e o governador Roberto Requião, ainda neste mês. O governo federal quer que os estados participem com 30% do total necessário para a recuperação, além de insistir que as estradas estão sob responsabilidade do Estado, desde a MP 82. Porém, Requião afirmou ontem que é contra a transferência de responsabilidade. O governador também não gostou da decisão da União de cobrar a participação dos estados na recuperação de rodovias federais. 

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