O governador Roberto Requião (PMDB) esteve ontem na sede da Copel para ouvir dos diretores da empresa o relato das medidas e das providências adotadas neste primeiro mês de gestão. Segundo o presidente da empresa, Paulo Pimentel, o governador se mostrou satisfeito com a velocidade e a efetividade com que as modificações exigidas por ele têm sido tratadas pela diretoria.
“Ele manifestou interesse em saber detalhes do andamento do processo de reunificação da companhia, das negociações em torno dos contratos para a compra de eletricidade da Termelétrica de Araucária e da argentina Cien, além de diversas outras parcerias da Copel, que se acham em revisão”, informou Pimentel, ao final da reunião. Requião foi o primeiro governador nos últimos 13 anos a visitar, no exercício do mandato, a sede da Copel.
Ainda segundo Paulo, Requião ficou entusiasmado com o empenho da concessionária em finalizar, o quanto antes, os detalhes operacionais de dois dos seus principais programas de governo. “Mostramos a ele que em breve estarão em condições de serem concretizados tanto o programa social, que prevê a gratuidade no fornecimento de até 100 quilowatts-hora mensais de energia a famílias carentes, quanto o programa de geração de emprego e renda, que vai estimular, com desconto de 40% nas tarifas de eletricidade, a implantação de empreendimentos produtivos em regiões economicamente deprimidas do Paraná”, relatou.
Orçamento
Segundo Pimentel, o governador assegurou que os recursos orçamentários para cobrir a isenção das contas de luz das famílias carentes estão garantidos. “Mas a informação que mais lhe chamou a atenção foi a confirmação de que, apesar de reduzir a tarifa, a Copel também sairá ganhando com o desconto de 40% para indústrias que se instalarem em regiões deprimidas”.
A conta que o presidente mostrou ao governador é simples: o excedente de energia de que a Copel dispõe é cotado hoje, no mercado livre, a R$ 4 por megawatt-hora. Ainda que a preço menor, o valor da energia a ser vendida para essas indústrias será maior do que o oferecido pelo mercado livre.
São Paulo estuda isenção
O presidente da Associação Comercial de São Paulo, Alencar Burti, pediu cópia do decreto que isentou micro e pequenos empresários do pagamento do ICMS, assinado pelo governador Roberto Requião (PMDB) e o secretário de Indústria, Comércio e Assuntos do Mercosul, Luís Mussi. São Paulo vai analisar a viabilidade de implantação do decreto. A isenção foi anunciada aos empresários que participaram do encontro da Confederação Nacional de Associações Comerciais pelo presidente da Associação Comercial do Paraná, Marcos Domakoski.