Roberto Requião, candidato do PMDB ao governo, disse terça-feira à noite em Curitiba, durante jantar com a presença maciça de funcionários da Sanepar, que vai reverter o processo de privatização da Empresa Paranaense de Saneamento, iniciado pelo atual governo. “A primeira medida que vou tomar será mandar embora esses franceses, como fez Itamar Franco, que mandou para casa os americanos que compraram a Cemig”, afirmou ele, referindo-se à da venda da Companhia de Energia de Minas Gerais, feita pelo governo anterior e revertida pelo atual governador daquele Estado.
Requião ressaltou a importância da Sanepar e disse que “a água é um bem público e não pode ser objeto de negócio, nem visar lucro”. Garantiu que sua intenção é manter a empresa sob controle do Estado. “A Sanepar volta a ser paranaense, servindo aos paranaenses”, frisou. O candidato peemedebista falou que seu plano de governo está baseado em dois princípios: educação e saúde. “E aí não existe Sanepar privada”, salientou. Explicou que, atualmente, por força de um pacto entre os acionistas, os franceses mesmo sendo detentores de somente 39% da empresa estão dirigindo a Sanepar.
O candidato a governador pela coligação Vote Limpo 23 (PPS/PV), deputado federal Rubens Bueno, também tem uma conversa agendada com empregados da Sanepar na manhã de hoje. No encontro ele vai reiterar seu compromisso já expressado em diversas oportunidades de preservar a empresa como núcleo estratégico de desenvolvimento social e econômico, sob o controle do Estado. “O atual governo privatizou uma parte da Sanepar, numa sociedade clandestina com uma empresa que hoje está sob investigação, suspeita de procedimentos contábeis ilegais”, lembrou o deputado.
É compromisso de Rubens Bueno rever essa parceria, assim como imprimir à Sanepar uma nova filosofia nos programas de saneamento.
